O Corpo de Bombeiros do RN apresentou, na manhã de hoje (8), o relatório que foi produzido a respeito da explosão ocorrida no município de Boa Saúde, no dia 02 deste mês, quando ocorria a festa de encerramento da padroeira do município. Inclusive estava presente na festa a governadora Wilma de Faria. Segundo o coronel Cláudio Christian Bezerril, comandante do Corpo de Bombeiros do RN, foram registrados 34 feridos na explosão ocorrida em praça pública.
No relatório produzido pelo tenente Gonzaga e apresentado pelo coronel Cláudio Christian, inúmeros erros foram cometidos pela empresa I.M. Pinheiro, responsável pela montagem da queima de fogos. O primeiro erro relatado pelo coronel foi o local da montagem dos fogos: a quadra de esportes da Escola Estadual Maria do Rosário Bezerra. A quadra não possui nenhuma estrutura para receber a quantidade de fogos montada, além de estar a 50m de distância da população, enquanto a distância ideal seria de 75m, segundo relatado pelo comandante. E para o comandante, pela gravidade da explosão, a quantidade de feridos foi pequena.
Outro fator que pode ter causado a explosão foi o material utilizado na confecção dos fogos. O relatório constatou que os tubos de papelão que envolvem os morteiros já tinham sido utilizados em outras queimas de fogos. Inclusive os bombeiros encontraram um tubo de papelão estourado no local da queima de fogos.
O comandante não soube precisar a real causa da explosão, mas a principal hipótese é de que a carga do morteiro tenha explodido no chão devido a uma falha na espoleta, ao invés de ter explodido no ar. Isso tudo agravado pela falha do operador na montagem dos fogos. Mas segundo o comandante, a causa da explosão só poderá ser precisada após a emissão do laudo pericial do ITEP e da Delegacia Especializada de Armas, Munições e Explosivos (DAME).
A principal dificuldade da perícia é a falta de documentação da empresa I.M. Pinheiro, sediada em São José de Mipibu. Segundo o tenente Gonzaga, as únicas informações sobre a empresa foram as passadas pela prefeitura de Boa Saúde através do contrato. A empresa não apresentou nenhum documento exigido para realização de tal evento. Segundo o comandante Cláudio Christian, a empresa provavelmente será incriminada pelo fato, pois "(...) o trabalho realizado em Boa Saúde foi feito por amadores." (Transcrito na bocadomundo)
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